RESENHA | Promessas Cruéis: Um desfecho com gosto de quero mais

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Enquanto o primeiro livro foca no desenvolvimento do romance entre Iris e Roman, o segundo mergulha mais fundo na guerra e no universo criado por Rebecca Ross. Aqui, finalmente conhecemos Dacre, o deus que, em sua busca por Enva, espalha destruição por cidades inteiras e devasta inúmeras famílias.

Ainda assim, a mitologia e os elementos de fantasia continuam sem o aprofundamento que eu esperava. Ao terminar Divinos Rivais, imaginei que Promessas Cruéis traria uma contextualização mais rica sobre o universo criado por Rebecca Ross, expandindo a fantasia e desenvolvendo melhor suas bases. No entanto, apesar de amarrar as pontas soltas do primeiro livro e nos levar a um mergulho maior no jogo travado entre os deuses, o enredo ainda carece de maior exploração desse aspecto.

Mesmo assim, é fácil se prender à história, assim como aconteceu no primeiro livro. Um dos grandes destaques continua sendo a magia das cartas, que aqui ganha ainda mais importância. As máquinas de escrever, que antes eram apenas ferramentas essenciais para o romance, se tornam peças-chave nos rumos da guerra, agregando um novo peso à narrativa.

"O problema é que... Quero saber de você a qualquer hora. Quero ler suas palavras. Anseio por elas. Estou faminto por elas." (Pág. 158)

Assim, embora Promessas Cruéis não entregue uma alta fantasia com um universo extremamente detalhado, ele encerra a duologia de maneira decente. O enredo mantém um bom ritmo, oferecendo momentos de ternura, ação, angústia e bravura. O que realmente se destaca são os personagens, pois eles não hesitam em enfrentar os desafios à sua frente, assumindo a responsabilidade por suas próprias histórias. Isso torna a jornada ainda mais envolvente.

De modo geral, é importante que o leitor ajuste suas expectativas em relação à fantasia e se deixe levar pelo desenvolvimento dos personagens, saboreando a resolução dos dilemas que enfrentam. Esse é o verdadeiro tesouro que Rebecca Ross nos entrega. 

Terminei o livro com a sensação de que queria ter explorado mais detalhes desse universo. Se houvesse um terceiro livro, com certeza eu leria, só para poder passar mais tempo com esses personagens.

Para o encerramento da duologia, minha nota é quatro cafés. Apesar de ser um desfecho bom, senti que faltou algo a mais para torná-lo realmente inesquecível.

Nota: ☕︎☕︎☕︎☕︎☕︎

Ficha técnica

Autor(a): Rebecca Ross
Tradução: Sofia Soter
Ano: 2024
Editora: ALT
Páginas: 541


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